
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Quando
escreveu “O Príncipe” em 1513, Nicolau Maquiavel tornou-se inadvertidamente no
“enfant terrible” da política do
poder, personificando o mal e c corrupção.
Na
verdade, Maquiavel não teve a intenção de legitimar a perversidade, pois ele simplesmente
descreveu em detalhes como os governantes do século XVI aplicavam o poder,
administravam suas propriedades, manipulavam e lideravam seus súditos.
Ao
revelar os segredos do poder, Maquiavel atraiu para si a fúria do rei prussiano
Frederico II, o qual tentou bani-lo a qualquer custo.
Oficial do alto comando em
Florença (Itália), Nicolau Maquiavel esteve sempre envolvido em assuntos domésticos e
internacionais, sendo um mestre em descobrir o sustentáculo do poder, mesmo em
situação política extremamente delicada.
Mas, quando a República
Italiana entrou em colapso descobriu-se sem trabalho, preso e sob suspeita de
conspiração.
Dessa forma, ele escreveu
“O Príncipe” durante sua prisão e, embora escrevesse sobre política de Estado,
muito do que disse aplica-se até hoje às modernas corporações altamente
politizadas e preocupadas com as fontes e aplicações do poder.
Maquiavel nos dizia que um
Estado pode usar da força para coagir seus cidadãos a obedecer às leis,
enquanto que as corporações lançam mão de sanções do poder como transferências,
rebaixamentos ou demissões.

Na sua obra, Maquiavel não
escreveu sobre como a vida “deveria ser”, mas, ao contrário, descreveu como os líderes
de sucesso realmente trabalham. Sobre incorporações, Maquiavel recomenda que o
antigo grupo administrativo seja despedido, quando a cultura das organizações
(adquiridas e adquirentes) forem semelhantes. Isso pode parecer severo, mas, na
verdade é o que ocorre em muitas organizações modernas.
Pesquisas demonstram que
mais de 60% dos executivos seniores de empresas adquiridas, são demitidos no
intervalo de três anos a partir da incorporação.
O que aterrorizava os
príncipes do século XVI (perda de posto e poder) é o que torna hostil a maioria
das aquisições corporativas modernas.
Não nos admiramos da defesa
tão forte quanto ás muralhas que circulavam as cidades – Estados.
A segunda recomendação de
Maquiavel foi a de conservar as condições preexistente, não se alterando leis
nem impostos.
Após a demissão da antiga
administração, a empresa adquirente deveria agir vagarosamente nas mudanças ou
interrompê-las por completo. Para adquirentes de empresas de culturas
corporativas muito distintas, Maquiavel ofereceu três alternativas:
1. Liquidar a
adquirida.
2. Deslocar o
executivo-chefe para a nova dependência.
3. Estabelecer um
grupo administrativo de empregados leais e manter um relacionamento distante,
de simples transferência dos lucros para a empresa-mãe.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário