sexta-feira, 29 de julho de 2011

Como Satisfazer Necessidades do Cliente no Varejo


 Como Descobrir as Necessidades do Cliente no Ato da Compra? Por Que Sondar? O Que é Uma Sondagem Aberta?


Vender é uma ação entre duas ou mais pessoas cujo objetivo é comercializar um produto ou um serviço. Mas, para que uma entrevista de vendas seja considerada bem sucedida é necessário que ela conseguia satisfazer as necessidades do comprador e do vendedor. O processo de vendas pode ser encarado como um bom exemplo da solução de problemas, pois o cliente tem problemas e o Vendedor soluções, sob a forma de benefícios contidos em algum produto ou serviço que ele comercialize.
Dessa forma, o profissional de vendas deve tentar descobrir as necessidades do seu cliente por determinado produto (ou serviço) a fim de realizar a venda. Pois, quando o vendedor resolve os problemas de algum cliente, fornecendo-lhes os benefícios do produto (ou serviço), ambos têm vantagens. As necessidades do comprador serão satisfeitas e o vendedor realizará a venda, satisfazendo assim também as suas próprias necessidades.
Na venda pela Satisfação de Necessidades existe uma premissa básica de que o cliente deverá ser persuadido de que realmente necessita do produto (ou serviço) que está sendo-lhe oferecido. A venda será concluída porque o cliente quer comprar e não porque é pressionado a assumir um compromisso com o vendedor. A venda pela Satisfação de Necessidades estabelece um vínculo de confiança entre o vendedor e o cliente, assegurando um bom relacionamento comercial entre ambos no futuro.

Sondagem: a Principal “Arma” do Profissional de Vendas Para Descobrir Necessidades

Já que é indispensável que o vendedor compreenda as necessidades do seu Cliente, ele deverá ser capaz de obter deste as informações de que necessita. Talvez a técnica mais importante na venda profissional seja a sondagem. E um profissional de vendas bem sucedido deve usar essa técnica em praticamente todos os contatos de vendas, a fim de descobrir as necessidades e as atitudes do seu cliente que podem ser satisfeitas pelos benefícios de seu produto (ou serviço).
A Sondagem atende à função de extrema importância, que é guiar o cliente para que ele revele suas verdadeiras necessidades e informações úteis. Quando o vendedor utiliza técnicas eficazes de sondagem ele dirige a entrevista de venda no sentido de um fechamento bem sucedido.
Existem 2 (dois) tipos de Sondagens:
  • Sondagem Aberta: este tipo de pergunta permite que o cliente diga com suas próprias palavras o que ele julga importante. Expressões abertas como “Ah, é?” ou “Por quê?” estimulam o cliente a falar mais sobre suas reais necessidades.
  • Sondagem Fechada: dirige a conversa para um tópico escolhido pelo vendedor e restringe a resposta do cliente àquele tópico. Algumas vezes as sondagens fechadas podem ser respondidas apenas com um “sim” ou “não” Elas são usadas quando as sondagens abertas não revelaram as informações que o vendedor necessita ou quando o cliente não reagiu positivamente às sondagens abertas.
Existem muitos casos em que o vendedor vai querer sondar, como:
  • Para determinar a atitude real do cliente a respeito de seu produto (ou serviço), a fim de que você possa formular sua abordagem.
  • Para esclarecer objeções, de modo que possam ser contornadas.
  • Para descobrir áreas de satisfação com algum produto que o cliente esteja usando atualmente.
  • Para verificar a reação do cliente a uma declaração de prova.
  • Para determinar porque não foi aceito o fechamento da vendas.
Sendo assim, sabendo quando e como sondar de forma eficaz o vendedor será capaz de dirigir e controlar a entrevista em direção a um fechamento bem sucedido.
Exemplos de Sondagens Abertas :
  • “Qual a sua opinião sobre....?”
  • “Por favor, fale mais sobre isso”
  • “Ah, é?”
  • “Que tipo de problemas o Sr. (ou a Sra.) tem tido....?”
  • “É mesmo?”
  • “O que o Sr. (ou a Sra.) quer dizer com isso?”
Exemplos de Sondagens Fechadas :
  • “O Sr. (ou a Sra.) tem tido problemas com .......?”
  • “Será que entendi bem....?”
  • “Concorda comigo sobre este.....?”
  • “Seria vantajoso para o(a) Sr. (ou a Sra.) se pudesse.....?”
  • “A seu ver isso poderia ser melhorado?”
  • “Já pensou em usar outro.....?”

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Ambientes de Marketing: Cases de Sucesso e Fracasso

  
Quais São os Agentes Que Constituem um Ambientes de Marketing? Que Impactos Podem Causar as Mudanças Ocorridas nos Canais de Distribuição? E na Legislação? Em Que Medida a Tecnologia Afeta as Organizações?
                   
Um ambiente de Marketing é constituído por agentes e forças relativamente fora do controle das organizações, os quais afetam diretamente seus negócios. Dessa forma, podemos dizer que um ambiente de Marketing está dividido em:
·        Macroambiente: é formado pelas forças sociais como a demografia, a economia (do país ou internacional), a política, a tecnologia, a ecologia e o comportamento dos consumidores.
·        Microambiente: é formado por forças mais próximas à organização como seus fornecedores, os consumidores, seus concorrentes, seus distribuidores e a legislação vigente.
Diante disso, é necessário que a corporação saiba reagir rapidamente aos acontecimentos ou antecipar-se a eles, uma vez que o ambiente em que ela está atuando oferece tanto ameaças quanto oportunidades às organizações.
Um dos melhores exemplos que ilustram uma mudança ambiental transformada em oportunidades foram as mudanças ocorridas nos Canais de Distribuição no Brasil.
No início dos anos 80 diversos varejistas brasileiros começaram a trabalhar com marcas próprias, onde algumas pequenas indústrias passaram a fabricar produtos exclusivamente com a marca dos varejistas. Eram produtos de qualidade, mais baratos que as marcas nacionais e que não apresentavam os custos da propaganda e da promoção de vendas.
Esses produtos passaram a ter um volume de vendas que não teria sido possível em outras situações, em função da inexistência de recursos financeiros para propaganda e promoção.
Outro exemplo de mudança no ambiente (Legislação e Economia) transformada em oportunidade foi registrado em 1967, quando o Brasil ainda vivia o Regime Militar e foi lançado o IOB (Informações Objetivas). Tratava-se de uma publicação jurídico-contábil que explicava detalhadamente o emaranhado de leis criadas pelos militares após a criação do novo Código Tributário e do FGTS.
Nos anos seguintes a economia brasileira engrenou, o PIB cresceu 10% ao ano e o “milagre econômico” também acabou empurrando o próprio IOB. (Revista Exame 06/02/1991).
Existem outras interferências ambientais que trazem impactos às empresas, as quais estão relacionadas ao ambiente tecnológico. As mudanças tecnológicas significam risco de antecipação pelos concorrentes e por isso as organizações precisam inovar constantemente para que seus produtos não se tornem defasados em relação aos concorrentes.
Podemos citar alguns casos de sucesso nas mudanças causadas pela tecnologia que impactaram as empresas como as bombas de combustíveis automáticas, as quais permitiram o atendimento self service. A conseqüência disso foi que o foco das empresas pode voltar-se às lojas de conveniências (24 horas), as quais aumentaram suas receitas com produtos de maior valor agregado.
A informatização das lojas varejistas facilitou o atendimento aos consumidores e a automação bancária eliminou a necessidade de acudir aos caixas, facilitando a conferência de saldos e extratos. Além disso, o uso da injeção eletrônica nos automóveis mudou o panorama das oficinas e alterou o perfil dos funcionários.
Em verdade, matérias-primas que antes eram tradicionalmente utilizadas por uma infinidade de produtos acabou não resistindo às mudanças tecnológicas. Um exemplo disso foi o tradicional queijo da marca Catupiry, cuja embalagem de madeira transformou-se em pote de plástico injetado a fim de atender às exigências do mercado internacional que exige embalagens de polipropileno. Além disso, esta nova embalagem pode ser levada ao microondas e é 30 % mais econômica que a tradicional.  
Por outro lado, podemos citar um caso emblemático de fracasso nas mudanças causadas pela tecnologia que impactaram as empresas: _ o segmento brasileiro de brinquedos durante décadas foi liderado pela marca Estrela, a qual demorou a reagir a tecnologia e acabou perdendo a liderança de brinquedos eletrônicos para a Tec Toy.

sábado, 16 de julho de 2011

Como Elaborar um Currículo Eficaz



 Que Informações São Importantes Para a Elaboração de Um Currículo? Qual é a Ordem Correta das Informações? Quantas Páginas Deve Ter Um Currículo?


Embora muitos artigos já tenham sido publicados sobre esse assunto tão importante, muitos ainda pecam na hora de elaborar seu próprio Currículo desenvolvendo-o de forma confusa e extensa. Dependendo do nível da experiência do candidato a escolha de um Currículo específico é uma verdadeira loteria para os selecionadores, uma vez que existem muitos profissionais disponíveis no mercado com as mesmas características, qualificações e experiências.
Sendo assim, pode-se afirmar que o Currículo é o primeiro passo rumo a um novo emprego e, por isso mesmo, é necessário que o candidato tenha em mente que essa é uma poderosa ferramenta de Marketing Pessoal a qual fará ou não com que ele seja selecionado para uma entrevista de emprego, numa determinada organização.
Dessa forma, o Currículo deve retratar em poucas palavras toda a vida profissional do candidato, seu histórico e suas qualificações com objetividade e clareza. O candidato deve ter muita atenção ao redigir esse documento, procurando sintetizar ao máximo suas informações que sejam importantes para a vaga em foco. Um Currículo deve possuir um diferencial em relação aos demais e, sem exageros, ele deve mostrar alguns aspectos extremamente importantes para a boa avaliação de um candidato. Diante disso, surgem algumas perguntas como:
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  • Que Informações São Relevantes Para a Elaboração do Conteúdo? 
  • Quantas Páginas Deve Ter um Currículo? 
  • Deve-se Colocar Uma Fotografia? 
  • Qual é a Ordem Correta das Informações?

Primeiramente devemos definir que informações são relevantes para conter num Currículo e a sua ordem de apresentação. Portanto, em primeiro lugar devem entrar os dados pessoais do candidato, seguido por objetivos profissionais, formação acadêmica, principais qualificações e histórico profissional. Essas são informações cruciais para um bom Currículo:
  • ·        Dados Pessoais: Deve contemplar as informações sobre a vida pessoal do candidato como nome, endereço, telefones para contato, e-mail’s, data de nascimento e estado civil. É importante destacar que telefones para recados devem ser avisados às pessoas que os receberão e, quanto aos e-mails’s, devem ser fáceis de assimilar e evitar-se nomes provocativos que não demonstrem seriedade ou profissionalismo. Não se colocam números de documentos nos Currículos, pois esses dados não acrescentam nada nesse momento
  •  Objetivo Profissional: Deve vir inserido logo abaixo dos Dados Pessoais, servindo para os selecionadores se orientarem na escolha da vaga e, por isso mesmo, o candidato deverá focar na sua área de interesse e cuidar para que seu objetivo não seja muito genérico.
  •    Formação Acadêmica: Neste tópico deve ser inserido o grau de escolaridade do candidato, o ano de conclusão e o nome da instituição de ensino. Se ele já possui nível superior, detalhes sobre o 2° Grau são dispensáveis – exceto em situações que o 2° Grau seja Técnico e relevante para a vaga em questão
  •  Principais Qualificações: Trata-se do ponto principal de um Currículo, pois nesse tópico o candidato poderá demonstrar seu conhecimento e qualificação necessários para a vaga pretendida. Portanto, em primeiro lugar o candidato deverá pensar nos conhecimento que possui e, mesmo para aqueles que ainda não possuem experiência profissional, devem fazer uma lista delas. O candidato deve refletir sobre todas as atividades que possam interessar a um selecionador como “Conhecimentos em Rotinas Administrativas”, “Facilidade em Liderar Pessoas”, “Experiências na Área Comercial”, “Facilidade em Falar em Público”, “Sólidos Conhecimentos em RH e Financeiro” e “Bom Relacionamento Interpessoal”. Ou seja, conhecimentos e experiências adquiridas ao longo da carreira profissional ou estudantil
  •   Histórico Profissional: Nessa parte devem-se relacionar as experiências em empresas anteriores e atuais e, o ideal, é apresentá-las em ordem cronológica e inversa. Ou seja, da atual para a mais antiga. Caso o candidato tenha atuado em muitas empresas durante certo período de tempo, ele deve inserir apenas as mais importantes e que tenham relação com a vaga pretendida, considerando-se o nome da empresa, os cargos ocupados e as atividades desenvolvidas. Ao descrevê-las, o candidato deve procurar identificar informações que não foram abordadas no tópico anterior (“Principais Qualificações”) como projetos desenvolvidos, metas alcançadas ou algo que identifique seu potencial criativo, produtivo e de eficiência na atividade em questão. 


Esses são os pontos essenciais para a elaboração de um Currículo eficaz. Os demais tópicos como “Cursos Complementares” e “Informações Adicionais” são opcionais, podendo ser inseridos onde situações onde o candidato não apresente um histórico profissional extenso ou quando realizou algum curso que fará diferença no processo seletivo.

OBSERVAÇÃO: Caso o candidato tenha pouca – ou nenhuma – experiência profissional, as “Atividades Extracurriculares são válidas como: _ “Atuei em Peças de Teatro Com Grupo Amador” ou “Participei de Campeonatos de Xadrez, Natação e Futebol na Escola”.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Pequenas Cortesias Que Encantam Clientes


 O Que Fazer Para Encantar Um Cliente? Como Fazê-lo Voltar a Comprar? Como Fidelizar Clientes Através do Atendimento?
                           

Com o passar do tempo as exigências das sociedades vão mudando rapidamente e, conseqüentemente, as alterações nas expectativas sociais transformam a relação entre consumidores e empresas. À medida que os consumidores vão se tornando mais conscientes de seu papel, eles se tornam cada vez mais exigentes e seletivos quanto aos seus fornecedores de produtos e serviços.
Atualmente, o atendimento aos seus desejos e às suas exigências passou a ser considerado um fator determinante para a conquista e a manutenção dos clientes, pois na verdade eles são a razão da existência das próprias organizações.
Porém, na tentativa de encantá-los e fidelizá-los talvez não seja necessário que as empresas invistam muitos recursos financeiros, pois é possível atender os desejos dos consumidores apenas com pequenas cortesias “encantadoras”. Vejamos o case abaixo:

_ Após dirigir durante horas na volta de uma viagem de negócios, resolvi ceder ao cansaço e decidi passar a noite em um hotel à beira da estrada. Fui gentilmente atendido por uma recepcionista cativante que me saudou com alegria e instalou-me num quarto, exatamente quatro minutos após a minha chegada.
Impressionado com a rapidez e a praticidade passei a observar os móveis que compunham o ambiente, quando então me deparei com uma lareira e um fósforo em posição perfeitamente alinhada para ser utilizado a qualquer momento e, nesse momento, comecei a acreditar que estava com sorte.
Tomei um banho, troquei de roupa e me dirigi ao restaurante para experimentar uma das refeições mais deliciosas de toda minha vida. Fazia muito frio naquela noite e, após o jantar, estava ansioso para voltar ao quarto e me esquentar na lareira que eu tinha visto. Ao entrar no quarto percebi que alguém havia se antecipado a mim, pois o fogo da lareira já estava aceso e aquecia todo o cômodo. A cama estava impecavelmente arrumada, os travesseiros alinhados e sobre eles um punhado de balas de hortelã.
Na manhã seguinte acordei com um estranho barulho e, quando fui investigar, deparei-me com uma cafeteira ligada por um “timer” automático preparando meu café. Ao lado, um cartão que dizia: “Sua Marca Predileta de Café. Bom Apetite e Tenha Um Bom Dia”.
Como eles poderiam saber qual era minha marca preferida de café? Enquanto pensava nisso ouvi um leve toque na porta e, quando abri, me deparei com o jornal do meu estado. Aí me lembrei que, ao terminar o jantar, o garçom havia me oferecido um café e perguntado se eu tinha alguma marca predileta de café e de jornais.
Ao deixar o local eu me sentia feliz e encantado com o atendimento. Mas, o que esse hotel fez de tão especial para me sentir dessa forma? Na verdade eles só disponibilizaram pequenas cortesias como uns palitos de fósforos, algumas balas, um café e um jornal.
Nunca se falou tanto como hoje sobre a importância de as empresas construírem uma boa relação com seus clientes e, em função disso, milhões de reais são gastos em mirabolantes planos de marketing. No entanto, percebe-se claramente que os clientes estão cada vez mais insatisfeitos e desconfiados.
Muitas empresas investem enormes somas para reformarem suas lojas, mudarem suas prateleiras, trocarem suas embalagens e acabam se esquecendo das pequenas coisas que realmente encantam as pessoas. O valor das pequenas cortesias conta muito na valorização do relacionamento com os clientes e, para isso, pequenos procedimentos são importantes. Pequenas coisas que se tornam grandes e que – sob o ponto de vista do cliente – podem fazer a diferença. 

sexta-feira, 8 de julho de 2011

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA – Um Breve Histórico


 Como e Quando Surgiram as Primeiras Empresas? Quais Eram os Seus Principais Problemas? Quem Foi o Primeiro Estudioso da Administração?


É relativamente recente o interesse das pessoas pelo estudo da Administração de Empresas, pois ela só se tornou uma ciência em 1950 quando começou a ser ensinada na Universidade de Harvard (EUA). Entretanto, para que a Administração se tornasse uma ciência, foi preciso uma teoria que a sustentasse e por isso buscou-se na história nos negócios alguns exemplos de procedimentos de sucesso que foram utilizados por trabalhadores e estudiosos da época.  

O Surgimento das Primeiras Empresas.

Até ocorrer a Revolução Industrial – em 1776 – não existiam empresas formais no mundo, existindo somente pequenos produtores domiciliares que fabricavam tecidos e utensílios domésticos, a fim de suprirem suas próprias necessidades e as de seus familiares. Nessa época, grande parte das famílias da Inglaterra possuía um equipamento usado para produzir tecido manualmente – TEAR – e, quando os motores movidos a vapor foram acoplados aos TEARES, surgiu o primeiro tipo de empresa – a indústria têxtil.

O Problema da Produção.

Por volta de 1850 as indústrias da Europa experimentavam um período de grande prosperidade econômica, pois toda sua produção era comercializada com enorme facilidade. Por outro lado, os consumidores reclamavam das indústrias um aumento no volume da produção a fim de melhor atenderem suas necessidades e, dessa forma, as indústrias eram pressionadas pelo mercado a produzirem cada vez mais. A pressão era tanta que os empresários contratavam capatazes, os quais possuíam apenas uma missão: “aumentar a produção” – mesmo que para isso eles tivessem de usar a força bruta.

Primeiro Personagem da História da Administração
(Frederick Winston Taylor)

Taylor iniciou o seu estudo observando o trabalho dos operários. Sua teoria seguiu um caminho “de baixo para cima” e “das partes para o todo”, dando ênfase às tarefas a serem realizadas. Para ele, a administração de algum negócio tinha que ser tratada como ciência e, por isso mesmo, ele criou a “Organização Racional do Trabalho”, a qual pregava:
q  Estudo dos tempos e movimentos: objetivava a isenção de movimentos inúteis, para que o operário executasse – de forma mais simples e rápida – a sua função, estabelecendo um tempo médio.
q  Estudo da fadiga humana: o cansaço predispõe o trabalhador a diminuir sua produtividade e perda de qualidade, acidentes, doenças e aumento da rotatividade de mão-de-obra.
q  Divisão do trabalho e especialização do operário.
q  Desenho de cargos e tarefas: desenhar cargos é especificar o conteúdo de tarefas de uma função, como executá-las e as relações com os demais cargos existentes.
q  Padronização: aplicação de métodos científicos para obter a uniformidade nas tarefas e reduzir os custos.

O Movimento da Administração Científica

Taylor estudou os problemas das operações industriais com profundidade e muitos desses problemas ainda persistem em muitas empresas até hoje, como por exemplo:
q  A administração das empresas não tinha noção muito clara da divisão de suas responsabilidades com o trabalhador.
q  Não havia incentivos para melhorar o desempenho do trabalhador.
q  Muitos trabalhadores não cumpriam suas responsabilidades.
q  As decisões dos administradores se baseavam na intuição e no palpite.
q  Os trabalhadores eram colocados em tarefas para as quais não tinham aptidão.
q  Havia conflitos entre capatazes e operários a respeito da quantidade da produção.
Taylor procurou resolver esses e outros problemas que eram comuns nas empresas e, através de suas observações e experiências, desenvolveu seu sistema de administração de tarefas que mais tarde,ficou sendo conhecido como “Administração Científica”.
De acordo com Taylor, a Administração Científica era um sistema que economizava trabalho, produzindo mais em menos tempo. Ele também tratou de outros aspectos importantes para as indústrias, como a padronização das ferramentas e dos equipamentos e o estudo dos movimentos. Tudo isso para economizar tempo, obtendo assim o aumento da produção e dos lucros na empresa. 

A Expansão do Movimento pelo Mundo

A Administração Científica rapidamente ganhou popularidade nos Estados Unidos e depois em todo o mundo, expandindo-se rapidamente pelas décadas seguintes
Em vários países as idéias de Taylor despertaram grande interesse e motivaram a criação de organizações para estudá-las e divulgá-las, embora ele também tenha reunido um número enorme de “inimigos”.
Na antiga União Soviética, Lênin esteve entre os grandes advogados do taylorismo, o qual considerava uma das maiores realizações científicas no campo da análise dos movimentos mecânicos no trabalho, da eliminação dos movimentos supérfluos e desajeitados e do planejamento dos métodos corretos de trabalho.
Sendo assim, á despeito daqueles que discordavam da Administração Científica, percebe-se que esse método de produção foi eficaz e o melhor exemplo disso foi o próprio Lênin, pois para ele o taylorismo deveria a qualquer custo ser adotado na URSS como forma de aumentar a produtividade do trabalhador soviético.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Bom Caráter, Interesse e Servidão: As Três Mais Importantes Características do Líder


 Por Que o Líder Deve Interessar-se Pelos Seus Colaboradores? O Bom Líder Deve Servir ou Ser Servido? O Que Dizia Aristóteles Sobre os Hábitos Humanos?

Através dos tempos muitos estudos vêm mostrando as inúmeras características da personalidade do Líder ideal e, em função disso, vários livros até já foram escritos sobre esse importante assunto. Porém, existem três (3) características que valem a pena ser descritas separadamente; _ o Interesse nas Pessoas, o Ato de Servir e o Caráter do Líder.

A) Interesse nas Pessoas: Todos nós certamente nos relacionamos com muitas pessoas no nosso dia-a-dia e na vida profissional um dos maiores desafios do Líder é saber se relacionar bem com as pessoas. Mas, de que forma o Líder pode cultivar relacionamentos a fim de obter a cooperação dos seus colaboradores?
Na verdade, qualquer pessoa pode fazer mais amigos em pouco tempo, ao se tornar verdadeiramente interessado nos outros, muito mais do que outro que gaste mais tempo procurando fazer as pessoas se interessarem por ele. Dessa forma, caberá ao Líder demonstrar um verdadeiro interesse nos seus colaboradores a fim de que eles se sintam atraídos por ele em função dessa atitude. Sendo assim, o Líder deverá colocar-se a disposição dos seus colaboradores, fazendo por eles coisas – que por mais simples que sejam – exijam do Líder atenção e tempo.      

B) Atitude de Servir: Especialistas descrevem a atitude de servir como sendo uma das principais características da liderança exercida por Jesus Cristo e muitos até afirmam que o bom Líder serve em vez de ser servido. Abraham Shapiro afirma existir uma relação direta entre “não perder a chance de fazer coisas boas” a alguém e ter sucesso na vida profissional e pessoal. Ele não acredita na “falta de sorte” que muitos profissionais se lamentam quando não alcançam suas metas.
Para Shapiro, essas pessoas deveriam aproveitar as oportunidades que lhes são oferecidas em sua função ou em seus próprios negócios, pois mesmo que elas sejam um gerente de banco, um vendedor ou um vigia será que ele se esforça para levar boas coisas aos outros? Ou eles preferem esperar as oportunidades chegarem até eles? Dessa forma, pode-se inferir que a alegria de uma profissão – qualquer que seja ela – está na atitude de servir, pois servir bem sempre resultará em alegria, prazer e realização. E, depois disso, certamente pode-se esperar o lucro e a realização.

C) Caráter do Líder: Outra importante característica do Líder ideal é o seu próprio caráter, pois no dia-a-dia as nossas ações precisam estar fortemente comprometidas com “fazer certo” e “fazer melhor” e a grande maioria das “falhas” de liderança está ligada à falhas de caráter de uma pessoa.
Aristóteles dizia que nossas ações viram hábitos, os hábitos viram nosso caráter e o caráter vira nosso destino. Por isso, nossos hábitos – nosso “modo de ser” – definirão nosso caráter e, um bom caráter, pode nos transformar em um bom Líder. Em verdade, liderança não é o que fazemos, mas o que somos.

Dessa forma, devemos ser para as pessoas à nossa volta aquilo que desejamos para nós mesmos; ou seja, sejamos um pai ou um gerente igual ao pai ou ao gerente que gostaríamos de ter. Afinal, não era exatamente isso que Jesus Cristo pregava?