O Que é Uma Proposta de Valor? Quais as Alternativas
de Posicionamento Existentes? O Que Sugere Michael Porter?
“Nenhuma
empresa pode ser boa em tudo” porque – na opinião de Michael Porter – a maioria
das organizações não tem recursos financeiros para esse fim. Em seu livro
“Estratégia Competitiva”, ele propôs três (3) alternativas:
·
A
empresa deveria se concentrar em obter “produtos
diferenciados”;
·
Liderança
em “preço baixo”; e
·
Atender
um “nicho específico” de mercado.
Para
Porter as organizações normalmente não têm dinheiro suficiente para serem boas
nas três coisas e, além disso, cada estratégia de posicionamento requer uma
cultura organizacional específica e uma gestão completamente diferente.
Entretanto,
alguns de seus críticos argumentavam que várias empresas já haviam conseguido ser
melhores tanto em produtos diferenciados quanto em preços baixos.
Dessa
forma, dois estudiosos em estratégia (Treacy e Wiersema) propuseram um contexto
com três alternativas – denominadas “disciplinas
de valor”.
Para
eles, uma organização poderia ser (a) “líder em
produtos”; (b) “operacionalmente
excelente” ou (c) “intima dos clientes”.
Treacy e Wiersema observaram que é muito difícil uma empresa ser a melhor nas
três coisas – ou até mesmo em duas –, pois as três disciplinas de valor exigem
diferentes sistemas gerenciais que conflitam entre si.
Empresas
operacionalmente excelentes – McDonalds, por exemplo – funcionam como máquinas
precisas e, se elas tentassem ser íntimas dos clientes, talvez não fossem
capazes de funcionar no nível da eficiência prometida. Sendo assim, esses dois
estudiosos propuseram quatro regras:
- Tornar-se
o melhor em uma das três disciplinas de valor.
- Alcançar
um adequado nível de desempenho nas outras duas áreas.
- Investir
na melhoria de sua posição na disciplina escolhida, de forma a não perder sua
liderança para um concorrente.
- Esforçar-se
para se tornar mais adequado nas outras duas disciplinas, pois a concorrência
sempre está elevando as expectativas dos clientes, quanto ao que se considera
adequado.
Portanto,
na busca por um posicionamento específico, as empresas devem considerar as
seguintes fontes possíveis:
·
Posicionamento Por Atributo: As empresas
podem se posicionar com certos atributos (ou aspectos) como uma cervejaria –
por exemplo – pode afirmar que seu produto é “o mais antigo do mercado” ou um
hotel descrever-se como o mais alto da região. Mas, esse tipo de posicionamento
é o mais fraco porque não divulga nenhum benefício real para os consumidores de
seus produtos (ou serviços).
·
Posicionamento Por Benefício: Nesse posicionamento,
o produto (ou serviço) promete certo benefício aos consumidores e os
profissionais de marketing trabalham basicamente com esse tipo. Exemplo: “OMO
lava mais branco”
·
Posicionamento Por Uso e/ou Aplicação: Nesse caso, o
produto é posicionado como o melhor para determinada finalidade. Exemplo: a
NIKE descreve um de seus tênis como sendo o melhor para corrida e, outro tipo,
como o melhor para jogar basquete.
·
Posicionamento Por Tipo de Usuário: Nesse caso o
produto é posicionado em função de certo grupo de consumidores. A Apple
Computer – por exemplo – descreve seus computadores como sendo os melhores para
os designers gráficos.
·
Posicionamento Contra o Concorrente: O produto (ou
serviço) sugere ser diferente ou melhor que o seu principal concorrente.
Exemplo: A locadora de veículos (AVIS) se descreve como uma organização que “se
empenha mais” (numa alusão ao seu principal concorrente – a HERTZ).
·
Posicionamento Por Categoria: Nesse caso, a
empresa pode se descrever como a líder na sua categoria. O melhor exemplo á a
Gillette, a qual virou sinônimo de lâmina de barbear.
Posicionamento Por
Preço / Qualidade: o produto é posicionado em determinado nível
de qualidade e preço. O melhor exemplo é o antigo perfume Chanel n° 5, o qual
durante muito tempo foi posicionado como um perfume de alta qualidade e preço
elevado.
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