
sábado, 22 de setembro de 2012
A Transição das Empresas Brasileiras e o Novo Papel dos Executivos

Até
meados dos anos 80 a maioria das organizações brasileiras era hiper
dimensionada e, muitas dessas empresas, ainda sobreviviam em função da euforia
consumista da sociedade oriunda dos anos 60 que, teimosamente, persistia nos
anos seguintes.
Mesmo
com a crise do petróleo dos anos 70 grandes empresas brasileiras vacilavam em flexibilizar
suas estruturas organizacionais, embora algumas delas até cortassem custos em
períodos de recessão econômica.
Mas,
tão logo a situação se estabilizava elas novamente “inchavam” suas fábricas e
escritórios porque acreditavam bastar forçar o cliente comprar seus produtos
(ou serviços). Ou seja, os consumidores tinham que se adequar ao gigantismo das
organizações.
Os
anos 90 foram marcados como o 1° período da transição
empresarial, pois a globalização da economia fez as empresas perceberam que
seus mercados não eram mais cativos e, nesse momento, elas se conscientizaram
de que só tinham uma saída – cortar “gorduras”.
Então
as organizações refizeram radicalmente seus negócios utilizando-se de
enxugamentos não planejados e, em conseqüência disso, muitas empresas acabaram
enxergando na Reengenharia uma oportunidade de cortarem custos
indiscriminadamente – sem culpas.
Porém,
essa metralhadora giratória causou enormes danos às organizações por se
esquecerem que só as idéias podem
surpreender a concorrência, conquistar mercados ou fornecer criatividade a um
negócio.
E
as idéias só estão presentes em mentes talentosas. Ou seja, no capital humano
Daí,
no início do século 21 começou-se a avaliar a importância do fator humano nas
organizações e, em função disso, deu-se início à 2ª transição empresarial – a valorização
do ser humano.
Liderando
equipes, criando soluções alternativas ou executando ações estratégicas são os executivos
que proporcionam vida às organizações e, se o cargo exercido se tornar um
suplício para eles, realizarão apenas atos mecânicos. E nada mais fora de
propósito nos dias atuais.
Dessa
forma, as organizações brasileiras necessitam de executivos com cabeças
límpidas, tranqüilas e capazes de oferecer idéias criativas. E tudo isso só
será alcançado através de ambientes que proporcionem prazer, pois conforme
pesquisa da Manager Assessoria em RH mais de 65% dos executivos
entrevistados afirmaram que, para se obter maior produtividade, somente através
da satisfação e do prazer no trabalho.
O
tradicional jargão utilizado pelos executivos de outrora para demonstrar
produtividade (“vestir a camisa da empresa”) tornou-se ultrapassado, uma vez
que 80% dos executivos entrevistados desconhecem a sensação de estresse e
apenas 16% não tiraram férias nos últimos três anos.
Isso
significa que eles querem aproveitar seu tempo livre com a família, mesmo que
tenham que ficar 10 ou 12 horas na empresa. Afinal, qual é o problema dedicar-se
12 horas por dia numa atividade prazerosa? – disseram muitos deles.
Sendo
assim, a pesquisa constatou que após a 2ª transição
empresarial o papel dos executivos mudou em relação às várias
transformações empresariais ocorridas no Brasil e no mundo.
Hoje
em dia os executivos sabem que as empresas não podem mais lhes garantir
estabilidade no emprego e, conforme a pesquisa, mais de 62% deles está
consciente de que somente resultados positivos lhes garantirão alguma
segurança.
A
natureza do emprego mudou e o profissional de hoje sabe que só se manterá na
organização se conseguir agregar valor aos produtos e serviços oferecidos pela
sua empresa.
Por
outro lado, as empresas só conseguirão contar com talentos se lhes acrescentar
conhecimentos e, dessa forma, a moeda de troca atual passou a ser o
conhecimento.
Tais
conhecimentos serão conseguidos pelos executivos em etapas anteriores de sua
vida profissional, levando-os para outra organização em melhores condições de
negociação graças a esse conhecimento adicional, o qual foi proporcionado pelo
seu emprego anterior.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário