domingo, 29 de maio de 2011

A Liderança Pelo Exemplo


O Exemplo Vem de Cima Para Baixo ou De Baixo Para Cima?

Especialistas em comportamento humano afirmam que os bons exemplos devem vir de cima para baixo. Ou seja, devem vir do pai para o filho, do professor para o aluno ou do chefe que dá o exemplo ao seu subordinado. É obvio que também aprendemos com nossos filhos, alunos ou subordinados, mas essa não é a regra geral. Esses estudiosos afirmam que a Liderança é fornecida pelo exemplo.

Se um Gerente afirmar que o Cliente está em primeiro lugar na sua organização, ele não pode deixar de atendê-lo bem ou dar-lhe a devida atenção às suas reivindicações. Se na sua organização a Qualidade Total é divulgada como uma prática usada em todos os departamentos, ele não pode deixar de trocar um produto defeituoso e muito menos afirmar que o produto não tem defeitos.
Entre em um hotel onde você seja friamente tratado na recepção e o carregador de bagagens o olhe com desdém, pois nesse caso pode-se prever que o Gerente trate os hóspedes dessa forma. Ou seja, isso se repete lá na ponta do atendimento.
Vá a um restaurante onde o garçom o olhe com um olhar superior e, nesse caso, você poderá constatar que o próprio dono do estabelecimento age dessa maneira com seus clientes. Leve seu carro numa oficina e se os funcionários o tratarem rispidamente, você poderá perceber facilmente que o dono do estabelecimento é assim: _ ele não sabe tratar seus clientes. Ou seja, os exemplos e a Liderança vêm de cima.
Por que alguns filhos são mal educados? É porque muito provavelmente o pai grita com a mãe dentro de casa, não há paz ou serenidade na família. Os membros dessa família não se respeitam. Existe um ditado latino que diz: “As palavras movem e os exemplos arrastam”. É pelo exemplo que se consegue que as coisas sejam feitas.
Observe como os monges budistas ou Jesus Cristo ensinaram muito mais pelos exemplos do que pelas suas próprias palavras. O exemplo da caridade, o exemplo da paciência, da fé e da esperança. De repente alguns Gerentes têm até a intenção de mandar fazer as coisas, mas cadê os bons exemplos?
Na verdade, pode-se constatar facilmente que se conhece o dono de uma empresa através do comportamento dos seus funcionários, pois o exemplo que ele fornece é o exemplo que será seguido. Observe o exemplo dado pelos mestres em olaria aos seus aprendizes, quando eles seguram nas mãos de seus alunos na hora de fazer um vaso. Suas mãos ajudam as mãos do aprendiz a moldar tais objetos.
Como se ensina a um novo vendedor? Saindo com ele para visitar clientes e dando-lhe o exemplo. Não é vender para ele e nem mostrar que você é melhor do que ele, mas é mostrando-lhe as técnicas e as novas oportunidades de negócios. Ou seja, é demonstrando como fazer, treinando-o e liderando-o pelo exemplo. Os gestores devem entender que eles são os maestros de uma orquestra, os que fornecem o tom das sinfonias e o líder.
Reparem que ao visitar uma empresa e encontrarmos os banheiros dos clientes limpos, um café para clientes recém preparado e com xícaras de qualidade isso significa que ali se respeita os clientes. Dessa forma, você poderá observar que nessa organização existem coerência e liderança através desses procedimentos.
Mas, o que se observa na maioria das empresas é que existe certa incoerência entre o que é dito e o que é feito. Observe que alguns educandários religiosos tratam mal seus alunos, onde todos são tratados com rispidez e coação. Será que os líderes dessas instituições não sabem dar o exemplo?
Muitas organizações têm até excelentes discursos e idéias, mas que não ocorrem porque seus líderes não fornecem os exemplos. O exemplo de se trajar e o tom de voz empregado na comunicação com os colaboradores, certamente são coisas que fazem a diferença entre uma organização vencedora e uma derrotada. Não são as frases feitas, mas sim o que os líderes fazem. Ou seja, os seus exemplos.

terça-feira, 24 de maio de 2011

A Influência do Estilo de Vida dos Consumidores na Segmentação de Mercados

 O Que é Estilo de Vida? Qual a Sua Influência no Comportamento do Consumidor? Quais São os Estilos de Vida Conhecidos?
                                      
Segmentar um mercado consiste em separar os consumidores potenciais em grupos, de forma que a necessidade a ser atendida tenha características semelhantes para as pessoas que pertencem ao mesmo grupo. O objetivo da segmentação de mercado é desenvolver um “Programa de Marketing” específico para cada tipo de cliente, atendendo assim às suas necessidades.
Para isso, é necessário obter através de pesquisas várias informações a respeito dos consumidores e entre elas estão a sua personalidade, seus hábitos de consumo, o nível de renda, de instrução, as mídias a que estão expostos, a sua percepção da empresa e dos concorrentes.
Pode-se dizer que todos esses padrões normalmente proporcionam uma forte base na determinação do público-alvo de um produto. Porém, esses padrões não são definitivos porque existe um fator desestabilizador, o qual se denomina “Estilo de Vida”.
Estilo de Vida é o padrão expresso por uma pessoa em suas atividades, seus interesses e suas opiniões, envolvendo mais do que sua classe social ou sua personalidade. Na verdade, um Estilo de Vida define o padrão de ação e de interação da pessoa com a sociedade, identificando o que a pessoa pensa de si mesma, o que pretende ser e como pretende ser conhecida.
Um bom exemplo da influência do Estilo de Vida como “fator desestabilizador” numa pesquisa de comportamento do consumidor é o seguinte: _ Imagine duas famílias compostas de marido, mulher e dois filhos. Essas famílias têm mais ou menos a mesma faixa de idade, possuem o mesmo grau de instrução, têm a mesma situação sócio-econômica e moram no mesmo condomínio.
Porém, essas famílias possuem Estilos de Vida diferentes, pois na primeira o marido gosta de ler, de assistir atividades culturais e de viajar para lugares mais calmos. Além disso, ele gosta de usar roupas sóbrias e sua esposa é uma mulher conservadora que se dedica exclusivamente à família e ao bem estar do seu lar. Os filhos desse casal estudam em colégios conservadores, não praticam esportes e estudam instrumentos musicais.
Na segunda família observa-se que o marido gostar de lugares agitados, cinema e boate. Adora dançar e usar roupas esportivas. Sua esposa é empresária e vaidosa; ou seja, ela é uma mulher moderna que escolhe as refeições do lar conforme o valor protéico dos alimentos. Seus filhos estudam em colégios modernos e praticam esportes radicais.
Dessa forma, pode-se afirmar que os Estilos de Vida de ambas as famílias estudadas distorce bastante qualquer pesquisa de comportamento do consumidor e, diante disso, faz-se necessário introduzir novos métodos que consigam captar esse novo padrão de comportamento. Analisando mais profundamente o assunto Phillip Kotler ([i]) apresentou oito (8) Estilos de Vida:
1.      Modernizadores: Possuem maior nível de renda e sua auto-imagem é de extrema importância para eles, não apenas como evidência de status, mas como expressão de sua independência, seu caráter e seus gostos. Esse tipo de consumidor tende a comprar rapidamente as melhores novidades da vida.
2.      Satisfeitos: São profissionais maduros que possuem boa instrução e se concentram em família e lazer. São bem informados, abertos a novas idéias e consumidores práticos, apesar do seu razoável padrão financeiro.
3.      Crédulos: Conservadores. Orientados por certos princípios. Previsíveis como consumidores e, embora possuam menor nível de renda, preferem os produtos nacionais e/ou marcas já consolidadas. Centram suas vidas na família, na igreja, na sua própria comunidade e no seu país.
4.      Realizadores: São empreendedores bem sucedidos, voltados ao trabalho e à família. São – politicamente – um pouco liberais, mas só favorecem os produtos já conhecidos e os serviços que exibam seu próprio sucesso.
5.      Batalhadores: Possuem valores similares aos dos “Realizadores”, embora não sejam tão bem sucedidos quanto eles. Para eles, o estilo de vida é de extrema importância, pois procuram imitar os comportamentos dos grupos com maiores recursos.
6.      Experimentadores: Formam o grupo jovem, o qual aprecia atividades sociais e esportivas. São ávidos consumidores de roupas, fast-food, música e outros produtos voltados para o público mais jovem. Também apreciam as novidades.
7.      Criadores: Procuram afetar o ambiente de maneira mais prática, valorizando sua própria auto-suficiência. Se concentram no trabalho, na família e na recreação, consumindo produtos práticos e não se deixando impressionar pelas novidades.
8.      Lutadores: Formam o grupo de menor renda e, por isso mesmo, não podem formar um padrão de consumo, embora sejam leias às marcas.
                                                                                                                   
Como vimos, compreender bem o Estilo de Vida de uma pessoa é de extrema importância para o estudo do comportamento do público-alvo, pois ele é o conjunto de padrões de comportamento que define como as pessoas vivem, gastam seu tempo e seu próprio dinheiro.


(i) “Princípios de Marketing” – Rio de janeiro, Prentice-Hall do Brasil, 1993, p.87. 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dois Importantes Cases de Marketing Brasileiro


 Por Que Temos Cada Vez Mais Animais de Estimação em Nossas Casas? Qual o Tamanho do Mercado PET Brasileiro? Qual é o Maior Fenômeno Mundial no Segmento de Brinquedos Infantis?


Observando um vídeo do professor Alex Freire (da FGV) encontrei dois “cases” de Marketing que acredito serem do interesse de muitos analista mercadológicos: 
_ “Archie era um cão da raça Labrador que se perdeu de seu dono numa estação de trem na Escócia, mas como ele não era um animal qualquer – era um cão especial – acabou embarcando sozinho num trem de volta para a casa às 20: 30 h e descendo na estação correta em Londres quinze minutos depois, para surpresa de todos.
Toda essa façanha foi registrada pelas câmeras de vigilância dessas estações e devidamente confirmada pelos policiais e vigilantes ingleses e escoceses. Além de especial, Archie representa um dos 830 milhões de cães e gatos distribuídos pelo mundo e, segundo uma pesquisa da Fundação Brasil, existem cerca de 33 milhões de cães no Brasil, perfazendo uma relação de 6,5 habitantes por cão.
Ainda segundo essa pesquisa a média de cães por domicílio no Brasil é de 1,3, 63% das classes econômicas A e B brasileira possui algum tipo de animal de estimação e 43% dos cães brasileiros vivem no Sudeste.
Dessa forma, pode-se observar que essa combinação estatística abre fantásticas oportunidades para o mercado PET brasileiro, o qual cresce a uma taxa anual de 17% – segundo a mesma pesquisa – e as razões de sucesso do mercado PET no mundo são:
·        Maior número de idosos (principalmente no Brasil, onde a expectativa de vida aumentou nos últimos anos).
·        Redução no número de filhos por família.
·        Falta de segurança nos principais centros urbanos.
·        Carência afetiva cada vez maior dos seres humanos.

Enfim, o cão se tornou um “membro da família” e, por que não, um grande consumidor global? Diante disso, a ciência mercadológica passou a contar com um excelente “case” de Marketing: _ O mercado PET brasileiro
Porém, mais interessante ainda é a história da loura mais amada do mundo: _ ela tem quase 50 anos, já vendeu mais de um bilhão de unidades e se fosse colocada em fila daria mais de sete voltas na Terra.
Ela é rica, bonita, muito charmosa, inteligente, está sempre na moda, tem um namorado perfeito e muitos amigos. Afinal de contas ela tem a sensualidade de Brigitte Bardot, o irresistível charme de Marilyn Monroe, a delicadeza e beleza de Audrey Hepburn e a classe e poder de Jacqueline Kennedy.
Estamos falando da boneca Barbie, cujo nome aparece quarenta e nove milhões de vezes em uma busca no Google. De tanto ver sua filha Bárbara brincar com bonecas de papel, fazendo de conta que eram mulheres de sucesso e com guarda-roupa moderno, Ruth Handler, vice-presidente da Mattel (tradicional fabricante de brinquedos), decidiu dar forma e vida à imaginação da filha, supondo que outras meninas do mundo inteiro também brincavam dessa forma
Ela é um enorme sucesso em todo mundo e os apaixonados por ela são homens, mulheres, idosos, adolescentes e adultos. A Barbie é a boneca mais vendida no mundo com cento e vinte milhões de unidades comercializadas anualmente. Ou seja, a cada segundo duas Barbies são vendidas em cento e cinqüenta países espalhados pelo planeta.
A boneca Barbie é um brinquedo que ao longo de uma época refletiu o comportamento de toda sociedade, acompanhando todas as mudanças decorridas no comportamento dessas pessoas durante quatro décadas. Pela primeira vez no Brasil – em 2008 – foi organizada uma convenção para reunir os colecionadores da referida boneca e, pasmem, a idéia da convenção partiu de um homem de trinta e seis anos de idade.
Para obtermos uma noção mais abrangente do que essa boneca representa para seus fãs, as convenções realizadas ao redor do mundo costumam reunir mais de mil participantes de cada vez”. Portanto, assim como o mercado PET brasileiro, a boneca Barbie também representa um ótimo “case” de Marketing mundial.  

sábado, 14 de maio de 2011

A Conduta do Gerente Agindo Como Instrutor


 Como Fazer Apresentações? Qual Deve Ser a Postura Corporal de Um Instrutor no Ato do Treinamento?

A responsabilidade do sucesso de um programa de treinamento é quase que integral do Gerente agindo como Instrutor. Ele é o encarregado e a forma de condução de cada parte tem grande influência na reação dos participantes. O Gerente pode induzir interesses e motivações no grupo ou pode desviar e causar tédio e, nesse caso, poderá haverá uma perda geral do interesse. Dessa forma, é total a responsabilidade do Gerente na motivação, na indução do entusiasmo e na transmissão de conhecimentos, habilidades e atitudes adequadas à sua equipe.
Sendo assim, atuando como Instrutor o Gerente deverá observar alguns conceitos para se tornar um Instrutor eficaz:
·        A Preparação Para o Treinamento: Agindo como Instrutor o Gerente deve estar completamente preparado para apresentar cada tópico e isso significa pesquisar, ler, estudar manuais, analisar plano de aula; enfim, aumentar seu próprio conhecimento. Também significa a prática, visando apresentações eficazes; a conferência de todo material a ser utilizado, além da familiaridade com os recursos visuais e a esquematização do tempo e do ritmo. Dessa forma, Instrutores de comprovada eficiência costumam afirmar que são necessárias – pelo menos – 3 (três) horas de preparação para cada hora de aula.
·        Pontualidade: Deve ser ponto de honra de cada Gerente agindo como Instrutor o rigoroso cumprimento dos horários, sejam de início, de intervalos ou de término das sessões diárias. Isto é importante não apenas para a imagem do Instrutor perante a equipe, mas para os próprios participantes. Início atrasado cria na mente dos participantes a impressão de desinteresse ou desorganização do Instrutor, impressão essa que pode gerar desinteresse da equipe. Com relação aos intervalos, sua duração deve ser de até 15 minutos cada um, após um máximo de 2 (duas) horas de aula, devidamente estipulados no programa. O encerramento das sessões de treinamento também deve seguir o horário determinado no programa, sendo preferível terminar dois minutos antes do que cinco minutos após. Por mais interessante que seja o assunto, uma ultrapassagem de tempo além de indicar falta de habilidade do Instrutor em planejar e controlar o tempo, também cria um clima de insatisfação e desinteresse, que podem destruir os bons resultados até então obtidos.
·        Interrupções: Cabem ao Instrutor as providências necessárias – variáveis, conforme os locais das reuniões – para a proibição total de interrupções durante as sessões de treinamento. Além de serem fatores prejudiciais à seqüência da apresentação dos temas, as interrupções quebram a linha de raciocínio do instrutor e prejudica seriamente a assimilação dos participantes.
·        Apresentação Pessoal: Sendo o alvo das atenções durante todo processo de treinamento, o Gerente atuando como Instrutor deve ter uma apresentação impecável, devendo ser condizente com a imagem da empresa que representa. Além disso, ele é analisado pelos participantes durante todo o tempo de treinamento.
·        Falar em Tom Agradável e Amigável: Um bom Instrutor jamais discursa ou fala em tom oratório. Em vez disso, usa tom de conversa mantendo a atenção pela variação ocasional da modulação (ou entonação) da sua voz e a velocidade de sua fala. Através de sua tonalidade ele transmite amabilidade e, através da palavra “você”, o Gerente conseguirá maior identificação com o grupo, transmitindo a certeza que ambos estão trabalhando juntos e obtendo a harmonia necessária.
·        O Contato Visual: Outra maneira de criar e manter uma boa atmosfera é quando o Instrutor fala olhando diretamente para os participantes. Nada pior do que um Instrutor que fala olhando para o chão, para o teto ou para as paredes. O bom contato visual é feito inicialmente quando o instrutor olha a esmo para toda a equipe e, a seguir, fixa o olhar diretamente nos olhos de cada participante, por uma fração de segundos. Há um cuidado a ser tomado para evitar-se um erro muito comum – mesmo em Instrutores experientes – que é falar olhando a maior parte do tempo para um participante em especial, pois o olhar dirigido aos olhos dos participantes, deve ser distribuído igualmente entre todos.
·        A Postura: A postura do Instrutor deve ser confortável, natural e adequada Um bom Instrutor sabe que não deve cometer determinadas posturas durante a sua apresentação, tais como: (A) Ficar curvado; (B) Falar sentado; (C) Consultar demoradamente as anotações; (D) Falar lendo; (E) Apoiar-se excessivamente na mesa. A eliminação desses aspectos negativos contribui para maior atenção da equipe. Um excesso de braços cruzados, mãos nos bolsos, perna cruzada ou sentar-se sobre a mesa são fatores prejudiciais à boa apresentação e à imagem do instrutor.
·        Gesticulação, Posição e Movimentação: Se o Instrutor quer ser compreendido ele deve ser ouvido por todos, por isso é necessário que fale de forma que todos possam ouvi-lo, principalmente levando em conta os que estão sentados ao fundo da sala. Gestos devem ser usados, quando são naturais e dosados. Gesticulação afetada, teatral ou forçada, em vez de auxiliar prejudica a apresentação. É evidente que o Instrutor não pode ficar imóvel ou inexpressivo; sua apresentação precisa ser sempre descontraída e agradável. A movimentação e a gesticulação naturais surgem como conseqüência do bom domínio do assunto, inclusive do uso adequado das ajudas visuais.

Quando a reunião é realizada em sala plana, sem tablado, o Instrutor deve ficar pelo menos a dois metros de distância dos primeiros participantes e deve dispor de mesa própria para seu material de aula. Isso facilita sua movimentação, evitando que os participantes vejam o material a ser apresentado, coisa que causa irremediáveis prejuízos à atenção e à seqüência do assunto, e, portanto, à assimilação e ao entendimento.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dê o Poder Para os Funcionários da Ponta

 
Na Sua Empresa Você Tem Medo de Perder o Controle da Situação? Você Confia Nos Seus Colaboradores? Você Acredita Ser Indispensável?
                             

Tente imaginar uma situação que é muito comum acontecer conosco e certamente já ocorreu com a maioria das pessoas que você conhece: _ uma pessoa acabou de comprar um produto defeituoso e retorna à loja para trocá-lo. Lá, ela é avisada que somente o Gerente poderá analisar ocaso e, nesse momento, ele está “em horário de almoço”.
Agora imagine uma situação onde esse mesmo Gerente está em um restaurante e solicitou um determinado prato, o qual veio outro completamente diferente. Seguindo as regras do próprio restaurante, o garçom chama o seu Gerente para resolver esse “problema” com o cliente.
O que essas duas situações corriqueiras têm em comum? A falta de poder para “a ponta”; ou seja, a falta de Empowerment. Não faltam artigos, teses ou até mesmo dissertações que enalteçam os enormes benefícios do Empowerment, embora o que se perceba no dia-a-dia das empresas seja exatamente o contrário. Ou seja, centraliza-se cada vez mais o processo decisório, mesmo quando o problema é relativamente simples de ser resolvido.     
Como nos casos acima, quando representamos o papel de consumidor recebemos como clientes, o mesmo tratamento burocrático que dispensamos aos nossos clientes. Porém, ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, a centralização das decisões não é uma característica presente apenas nas grandes organizações. Pequenas e médias empresas também sofrem desse mal burocrático, pois existe certo medo – generalizado – de que se o poder for concedido para “as pontas” as conseqüências seriam desastrosas. Veremos abaixo algumas razões pelas quais as lideranças não delegam poder:

  • ·        O sentimento de que ele (o Líder) perderá o controle da situação.
  • ·        Os funcionários não realizarão o trabalho corretamente.
  • ·        Existe o risco dos funcionários fazerem melhor do que o próprio Líder.
  • ·        Poderão imaginar que ele (o Líder) não tem trabalho suficiente.
  • ·        Seus funcionários são inexperientes e desmotivados.
  • ·        Não confia nos seus colaboradores.
  • ·        Sua equipe não possui a visão do todo.
  • ·        Não dá para “segurar” os erros dos outros.
  • ·        O medo de que não será mais “indispensável”.


Observe que as razões acima são todas de cunho estritamente pessoal, não tendo nada a ver com o tamanho da organização ou o grau do serviço prestado.
Por outro lado, existem empresas em que qualquer funcionário que seja abordado pelo cliente com algum tipo de problema, imediatamente esse colaborador se torna o responsável pela solução e ainda tem um limite financeiro estipulado para tal. O melhor de tudo isso é que o problema é resolvido sem memorandos, reuniões ou o envolvimento de qualquer Gerente.
No início, alguns diretores dessas organizações acreditavam que essa nova regra levaria a empresa á bancarrota e, para surpresa de todos eles, o tempo de resolução de problemas caiu, o grau de satisfação dos clientes subiu, o clima organizacional melhorou sensivelmente e novas unidades foram criadas para dar conta do aumento das vendas. Enfim, com o poder voltado para as pontas, as referidas organizações cresceram e os clientes se tornaram mais fiéis e felizes.
Diante disso, as organizações devem compreender que o Empowerment vem de cima para baixo e o Líder máximo deve ter a clara visão de que a “guerra pelo cliente” acontece é na “ponta” da sua empresa e não nos escritórios com ar condicionado, poltrona de couro e carpete.
Devemos nos lembrar de que o problema é de ordem pessoal e, por isso mesmo, torna-se necessário contrata – ou formar – Gerentes que sejam humanos, imperfeitos e que não tenham medo de “sombra”. Humanos, porque devem ter a consciência de que não terão o controle de tudo. Imperfeitos, porque seus comandados algumas vezes farão melhor que ele. Não ter medo de sombra, pois indispensável é aquele que sai de férias, desliga o celular e o cliente agradece.
Sendo assim, quando a ponta tem o poder sobra mais tempo para a liderança pensar a estratégia da organização e, como disse Henri Ford, “pensar é o trabalho mais pesado que existe e talvez seja por isso que existam tão poucas pessoa dedicadas a essa tarefa”.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

TÉNICAS DE VENDAS: Como Lidar Com as Objeções Levantadas Pelos Clientes


No exercício das suas atividades profissionais um vendedor de varejo se defronta com vários tipos de clientes e alguns deles têm certas prevenções sobre determinados assuntos e pessoas. Dessas opiniões preconcebidas às vezes crescem objeções, as quais são levantadas por esses clientes durante uma entrevista de venda. Diante disso, um profissional de vendas deve estar atento a certas prevenções iniciais demonstradas por alguns clientes e – principalmente – saber lidar com elas:
Primeiramente o vendedor deve saber tratar uma prevenção com respeito, demonstrando ao cliente que compreende como ele chegou àquela opinião, mesmo que não concorde com ela. Além disso, o profissional deve fazer o cliente sentir que lhe é simpático, lembrando-se de que as opiniões do cliente são muito importantes para ele.  
Os homens raramente debatem sobre fatos, mas freqüentemente discutem sobre prevenções. Por isso, o vendedor não deve procurar superar uma prevenção através de um argumento, pois o cliente não chegou ao seu preconceito através do raciocínio e – certamente – não cederá pelo raciocínio.
A melhor maneira de vencer uma prevenção é sugerir – com muito tato – que o preconceito é inconsistente com algo mais que o cliente acredite. Exemplo: um determinado proprietário de uma rede de lojas de móveis disse ao vendedor de anúncios que a razão de não anunciar em sua revista era por não apreciar a sua linha editorial, a qual ele (o cliente) considerava muito liberal.   
O vendedor respondeu àquela objeção dizendo apreciar sinceramente a franqueza do cliente, mas preconceitos eram inconsistentes, pois ele (o cliente) não questionava a posição política de cada consumidor que entrasse na sua loja. E que ele (o cliente) também não teria objeção alguma em vender seus móveis às pessoas de partido contrário ao seu – pessoas estas que viriam à sua loja em resposta ao anúncio publicado na tal revista.

As Objeções

Alguns estudiosos classificam as objeções em quatro (4) grandes grupos:

A) Objeção Trivial: é uma observação lançada pelo cliente apenas como assunto de conversação. Exemplo: “Estou um pouco ocupado” ou “Não preciso disto.”
B) Objeção Meio Encoberta: é algo que o cliente leu – ou ouviu de alguém – mas não compreendeu perfeitamente e procura impressionar o vendedor, demonstrando ser esperto. Exemplo: “Este produto é feito de matéria-prima que polui o ambiente.”
C) Objeção Sincera: é algo que o cliente considera forte razão para não comprar. Algumas são inevitáveis, porém o vendedor poderá reduzi-las de importância, contando a história completa sobre sua empresa e seus produtos ou certificando-se de ter narrado tudo claramente, ou mesmo – quando possível - contestando-as antes de serem levantadas.
D) Objeção que Indica Indecisão: Se o cliente achar difícil tomar uma decisão, certamente lançará mão do recurso mais fácil; ou seja, ele criará uma objeção.

Dessa forma, um profissional de vendas deverá saber como tratar as objeções e, em função disso, ele precisará conhecer as várias classes de objeções porque objeções diferentes exigem diferentes respostas. Primeiramente ele deverá conseguir a atitude mental correta para enfrentar a objeção e a pessoa que está objetando e também saber por que o Cliente levantou aquela objeção. Além disso, o profissional de vendas deverá saber quando responder às objeções e como contestá-las.

Cinco Maneiras de Contestar Objeções

A) Transforme a objeção em uma RAZÃO para compra => Ex: o pretendente a um automóvel pode contestar da seguinte forma: “Eu não preciso de um carro novo, pois eu não dirijo muito”. O vendedor poderia replicar: “Justamente por essa razão deveria comprar um automóvel ZERO. Talvez o Sr. não dirija receando que ele enguice. Agora, se comprar um novo...”
B) Deixe-o contestar sua própria objeção => Muitas vezes o vendedor consegue que o cliente responda à sua própria objeção, confessando que esta não tem muito valor. Este método deveria ser adotado quando o pretendente criar objeções num assunto que talvez ele conheça pouco. Portanto, o profissional de vendas deverá fazer perguntas a respeito de sua objeção e deixá-lo falar, afrouxando sua tensão.  Freqüentemente essas objeções não têm valor algum, pois o cliente possui idéias obscuras sobre o assunto e, geralmente, se perturba, confessando não ser tão importante assim esse assunto.
C) Esclareça-as de modo contrário => Ex: o Cliente diz: “Seu preço é alto demais”. O vendedor pode presumir que ele perguntou: “Por que seu preço é mais alto que alguns concorrentes?”. Diante disso, o vendedor deve explicar por que é mais caro. Outro exemplo: “Eu não tenho tempo de ler revistas” E o vendedor de assinaturas diria: “A alguns anos, antes de o Sr. comprar sua 1ª TV, não achava que passaria 2 ou 3 horas por dia em frente de uma televisão, não é verdade ? Acontecerá o mesmo com esta revista, pois, quando descobrir quantas informações e divertimento que ela contém, certamente achará uma ocasião, facilmente, para sua leitura.”
D) Aceite as objeções => Certas objeções não podem ser contestadas porque são válidas e justas. Sendo assim, o vendedor não deve perder tempo tentando convencê-lo de estar errado – principalmente se não estiver. Se a objeção tem fundamento, o vendedor deve admiti-la, mas procurando demonstrar como poderá ser superada pelas outras vantagens que o seu produto pode proporcionar.
E) Negue a objeção => Refutar uma objeção negando-a, raramente será um bom negócio. Entretanto, uma negação será justificável quando a objeção for obviamente inverídica.  Ex.: O Cliente rico afirma não ter dinheiro. O vendedor pode sorrir e dizer: “É claro, eu acredito nisso.”